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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

eu sou a minha própria barbie. podem rir. eu me dei conta disso, eu tenho me dado conta disso com alguma frequencia. minha barbie nunca foi adolescente, nem pessoa de vinte e poucos anos. ela era adulta, tinha casa, marido. tomava conta da propria vida e era relativamente bem sucedida. não que eu seja suuuuper bem sucedida, vejam bem, ainda mais agora nesse ~momento sabático~. mas eu me pego discutindo se o multiprocessador que tem juicer vale mesmo a fortuna que ele custa, dou dicas de máquina de lavar e ar-condicionado portátil. contratando faxineira, comprando verduras no supermercado. fazendo as unhas. uma coisa assim muito grown up.

serena van der woodsen, em relacionamento sério e estável um menino legal, me disse que sábado, indo para o interior de carro, com namorado e cachorro a tiracolo, teve uma epifania. aquele era um momento feliz. tudo estava certo. tudo estava no lugar. eu sorri e disse pra ela que esses momentos aparecerão cada vez mais, porque comigo foi assim. e que naquele mesmo sábado eu tinha tido um desses, tomando um sorvete gigante perto de casa e assistindo o meu menino respingar o sorvete dele na camiseta. <3

eu não sei bem como foi que aconteceu isso de eu me olhar e estar tudo no lugar. tudo, sabe? a vida se acerta. eu olho no espelho e gosto do reflexo, me acho bonita a ponto de não ter vergonha de colocar biquini. uma vergonha que me acompanhava há 10 anos atrás, quando eu era mais magra e provavelmente muito mais bonita, mas eu não via, eu não me via como me vejo hoje. não é o corpo que conserta, até porque eu continuo odiando exercício físico. é a cabeça. talvez seja a terapia, o equivalente da academia, que traz resultados mais imediatos e duradouros. são 4 anos de análise, divã, freud na veia. taí um dinheiro bem gasto. dinheiro gasto comigo, sabe? 

aliás, 3 anos hoje, desde aquele café na starbucks. and counting. <3

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