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sexta-feira, 7 de março de 2014

Toda uma insegurança

talvez ainda leve algum tempo até que eu sinta os meus pés fincados no chão. as reviravoltas na vida dos últimos 6 meses me deixaram insegura. e isso não necessariamente é ruim. os dois últimos anos foram pesados. acho que só me lembro de ter tido calma na vida profissional até 2011, e estamos falando de um período de apenas dois anos depois do ano louco que foi 2009. 

então, foi assim.

2009 foi louco, mas não necessariamente ruim. quer dizer. mais ruim que bom.
2010 foi bom, foi ótimo.
2011 foi bom, foi bem bom ainda.
2012 foi horrível
2013 começou com cara de bom, mas ficou tão ruim que envenenou o resto todo.

e é claro que estamos falando apenas profissionalmente, já que minha vida pessoal, desculpaê, é ótima.

eu fico tentando identificar algum padrão, tipo um código que me mostre alguma repetição e me permita prever se 2014 será bom ou ruim. falho miseravelmente. resta apenas trabalhar e esperar que a sensação de insegurança passe e eu consiga sentir os pés firmes no chão, e apenas ficar feliz com a certeza de que eu continuo boa pra caralho, com o perdão do palavrão. por enquanto, eu apenas tateio.

minha insegurança do momento, por exemplo, é o período de experiência na lojinha. toda empresa é assim, 45 dias de experiência extensíveis por mais 45. depois dos 90 dias, os 3 meses oficiais, o contrato vira automaticamente definitivo. eu sei que tenho um feedback ao final de 45 dias, e por alguma razão completamente louca, eu enfiei na minha cabeça que algo pode dar errado até lá. eu não sei exatamente o que. se eu vou ser incompetente, se não vou me adaptar, se as pessoas não vão gostar de mim. eu fico achando que algo que eu não controlo vai me atropelar e eu vou lidar com a sensação de joblessness novamente. quais as chances de fato de algo acontecer? pequenas, EU SEI. mas isso é ser racional, e racionalidade, amigos, não trabalhamos.

não é uma sensação nova. o meu contrato na firma antiga dizia que se eu saisse antes de 3 meses, precisava pagar uma multa. e eu entrei pensando que tinha que aguentar 3 meses, e que só podia decidir se queria continuar depois disso. havia também o medinho de que, findos os 3 meses, a empresa me dispensaria. tudo bobagem. deu tudo certo e eu só saí de lá por motivos de picuinha com a namorada louca do chefe, um tempão depois. não foi por incompetência. foi falta de ~inteligência emocional~ mesmo, desta que vos escreve. 

eu só fico querendo que a vida se acerte. a vida já se acertou, mas eu busco a sensação, sabe? a sensação de que a vida está certa. e isso, eu acho que ainda leva mais tempo.

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