um milhão de posts não postados da época em que eu não conseguia falar. e aí, eu tento apagar os rascunhos e não consigo. eles não serviam pra ser compartilhados na época em que foram escritos, e agora também não servem para serem jogados fora, porque eu me lembro de cada detalhe do que eu estava sentindo ali. eu releio e acho que devia ter postado.
e agora essa nova vida.
pra começar essa nova vida eu preciso deixar a vida antiga pra trás, e eu não vou conseguir fazer isso com todos esses rabiscos escondidos nos rascunhos do blog, nos rascunhos do e-mail, no bloco de notas do celular.
a vida antiga ficou pra trás, mas os escritos precisam ir junto.
não vai fazer sentido pra quem chega de repente, não vai fazer sentido considerando a vida de agora. não vai fazer sentido a ordem, porque eu escrevi de forma desconectada, indo e vindo. faz o maior sentido do mundo se a gente considerar a bagunça que estava a minha cabeça. que esteve a minha cabeça.
sabe quando você vai arrumar uma bagunça e precisa bagunçar ainda mais pra entender onde cada coisa se encaixa, e onde ela deve ser guardada? estou prestes a fazer uma bagunça de escritos.