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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

um milhão de posts não postados da época em que eu não conseguia falar. e aí, eu tento apagar os rascunhos e não consigo. eles não serviam pra ser compartilhados na época em que foram escritos, e agora também não servem para serem jogados fora, porque eu me lembro de cada detalhe do que eu estava sentindo ali. eu releio e acho que devia ter postado.

e agora essa nova vida. 

pra começar essa nova vida eu preciso deixar a vida antiga pra trás, e eu não vou conseguir fazer isso com todos esses rabiscos escondidos nos rascunhos do blog, nos rascunhos do e-mail, no bloco de notas do celular.

a vida antiga ficou pra trás, mas os escritos precisam ir junto.

não vai fazer sentido pra quem chega de repente, não vai fazer sentido considerando a vida de agora. não vai fazer sentido a ordem, porque eu escrevi de forma desconectada, indo e vindo. faz o maior sentido do mundo se a gente considerar a bagunça que estava a minha cabeça. que esteve a minha cabeça.

sabe quando você vai arrumar uma bagunça e precisa bagunçar ainda mais pra entender onde cada coisa se encaixa, e onde ela deve ser guardada? estou prestes a fazer uma bagunça de escritos.

2 comentários:

  1. Eu voltei a escrever por sua causa. Por essa sua febre de dizer tudo. Não te conheço, não sei nem o seu nome, mas provavelmente você me entende mais que todo mundo, pq sente a vida com a mesma força. Sobe do mesmo degrau que eu pra ver do mesmo ângulo. Aprendi que a vida machuca mais gente como a gente. Mas que a felicidade chega pra poucos... E que poucos a reconhecem como a gente sente.

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  2. Madame ç, faz tempo que não venho aqui e do nada me veio o apto 13 na cabeça. Engraçado pensar nisso tudo. Esse ano joguei vários diários fora, pq decidi que não quero mais guardar essas estórias. Elas só serviram pra catarsis e pra organizar meu pensamento, depois que coloquei pra fora não quero mais guardar, nem lembrar, nem levar pra frente. Acho que foi o momento Komari de me perguntar: isso me faz feliz? Não? Move on.

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