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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Foi assim

2005. eu tinha esse amigo, e ele estava apaixonado por outra amiga. que era apaixonada pelo ex namorado, um cara completamente retardado a quem ela chamava de príncipe. enquanto o meu amigo rastejava, comprava presentes, choramingava pelos cantos, a amiga o cozinhava em banho maria. quem é que não quer ser bem tratado, não é mesmo?

eu assistia a tudo meio sem entender, meio irritada com esse comportamento de "take for granted"que ela tinha com ele. eu fui lá e dei um toque nele, e disse que ela não era assim tão legal. minha ideia era acordar a criatura, fazer com que ele voltasse ao normal e parasse de rastejar daquele jeito tão degradante. falei mais do que devia, mais do que eu tinha o direito de falar. falei. ele agradeceu as informações, e jurou que jamais contaria o que tinha ouvido.

uns dois meses depois ele ficou puto comigo porque eu andava sumida e contou tudo pra ela. que parou de falar comigo. que parei de falar com ele. foram meses trocando desaforos, mais eu contra ele do que qualquer outra coisa. ele traiu a minha confiança. poucas vezes na minha vida eu havia, até então, me decepcionado tanto com alguém próximo.

quando a (ex) amiga me mandou um e-mail me perdoando pela falha, achei que seria justo perdoá-lo também. eu era culpada, ele era culpado. fomos nos entendendo aos poucos, nos reaproximando aos poucos, e as coisas voltaram a ser como um dia haviam sido.

eu fui madrinha de casamento dele no ano passado. ele foi meu chefe em wonderland, a terra dos perrengues, até mais ou menos um mês atrás.

semana passada eu vi o rapaz online e quis saber como ele estava. o que era pra ser uma conversa leve de amigos que não se vêem mais com tanta frequência virou um festival de provocações, com ele, cheio de dor de cotovelo, falando mal do projeto. tentei desviar, mudar de assunto, dizer que aquilo não era legal, e que o projeto estava super bem, mas ele não parecia interessado em me ouvir. começou a lançar críticas pesadas ao trabalho, a dar "dicas", grandes lições. vendo que eu não caia nas provocações, ele ficou irritado e disse que ia contar o meu blog pra todo mundo.

foi ali, bem no meio dessa frase, que eu decidi deixar de ser amiga dele.

o resto da história eu acho que todo mundo já entendeu. ele provavelmente estava blefando. eu sei. mas eu não ia deixar ele me expor.

não uma segunda vez.

4 comentários:

  1. Amigo é amigo e fdp é fdp.
    O problema é quando a gente confunde os fdps com amigos e nos vemos em situações tão constrangedoras.
    Ainda bem que ele ficou no passado, né?

    Leandro
    www.popdebotequim.com

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  2. Nossa, acho que você teve sangue frio até demais ao passar por cima da primeira sacanagem que ele fez.Ele não devia ter te entregado para a garota que não queria nada com ele.Isso foi mal caratismo.

    Depois dessa agora, você tinha mesmo que cortar relações.Porque se uma pessoa que te entrega e ameaça a contar coisas pessoais sobre você ( seu blogger)ela é completamente dispensável e substituível.Não tem perdão.

    bjs

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  3. Só tenho uma coisa a dizer: isso é coisa de menino pequeno, imaturo e birrento. Hûm.

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  4. Meldels, que absurdo! Eu também sou e proteger muito o meu blog de pessoas 'conhecidas'. Na verdade, algumas poucas pessoas da família o conhecem mas o povo da minha sala por exemplo eu não quero pensar nem por um segundo deles saberem da sua existência. Sei lá, eles são apenas colegas de turma, que devem se achar no direito de saber mas que pra mim é muito estranho. Meu blog eu conto coisas muito pessoais, coisas que algumas pessoas podem até interpretar de forma errada (quem nunca?) e eu morro de preguiça de entrar nessas polêmicas. Enfim, eu super te entendo, esse "amigo" decididamente foi uma coisa muito errada na sua vida, né? Deus me livre!

    Beijos

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