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terça-feira, 11 de setembro de 2012

eu coloco o vestido de oncinha que é pra parecer adulta. acordei praguejando. chamei a menina fofa do rh pra conversar e acabei chorando. disse que estava difícil trabalhar sem direcionamento. ela sorriu, compreensiva. me disse que isso tudo é muito geração y. a ansiedade em resultados, a impaciência com ciclos longos. eu meio que concordo, mas tem faltado clareza esses dias. 

eu preciso tomar uma decisão. esperar ou não a tal resposta da direção sobre o que será do projeto. esperar tem sido uma das coisas mais angustiantes que eu já fiz na vida. nada ali faz sentido, qualquer tarefa que eu precise executar, eu não acho que vá efetivamente ajudar em algo. falta fé. queria passar esse período quietinha. mas é preciso manter a roda girando. amanhã eu faço um ano de wonderland. preciso de férias. preciso de uns dias longe, quietinha. eu queria estar mais equipada para passar por essa fase.

pois bem. se eu decidir esperar, que é o que eu já venho fazendo há alguns meses, talvez não demore muito mais. mas não dá pra saber quanto tempo, ainda. eu teria que engolir as angústias e tentar achar mais um pouquinho de sentido nas coisas. pra suportar sem sentir tanto. a outra opção é bagunçar o estado de calma aparente. chamar a menina ruiva pra uma conversa e dizer que quero trocar de área. e pedir a ajuda dela, caso seja possível. se ela não puder ou quiser ajudar, well, ela foi avisada. então eu marcharia com as minhas sapatilhas até as duas áreas que me interessam, e diria aos gestores que gostaria de fazer parte da equipe. e torceria pra que assim que eles pudessem, me trouxessem pra perto. e me ajudassem a reescrever essa história. ou pelo menos abrissem espaço para que eu a reescrevesse, sozinha.

por mais que a decisão pareça fácil, não é. continuo sem ter um cenário claro à minha frente. continuo confusa, e com medo de tomar a decisão errada. ou de me arrepender. 

lembro do caio querido me dizendo que era de família cigana, quando tomamos vinho uns dias antes de eu começar na firma nova. bobagem. ele sorriu e disse que eu iria chorar. que eu iria chorar muito, mas que eventualmente ia dar certo. eu fiquei impressionada na hora. eu sempre fico impressionada quando alguém insinua saber alguma coisa. mesmo que não seja verdade. eu fico. a primeira parte ele acertou. tomara que a segunda ele acerte.

Um comentário:

  1. Acho que você podia se estabelecer um prazo e se até o fim desse prazo não houvesse mudança nem nada que indicasse isso, daí você falava com a menina ruiva e os gestores...

    Odeio quando alguém diz que meu problema é devido a alguma coisa da tal 'gerão y', x, sei lá. Só falto pular no pescoço.

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