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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

as unhas estão roídas e eu estou reclusa. passei uns dias de vai e vem na rua, por causa do freela. um trabalho que eu adoro fazer, de pesquisa, de investigar gente pra depois dizer pra eles o que eles precisam. tenho andado a pé, tanto, tanto. música nos ouvidos e passos largos. no final do dia o aplicativinho querido no iphone avisa. andei muitos e muitos km. muito mais que na esteira, e quase sem sofrimento. a rua me acalma, mas ainda assim, havendo oportunidade, me tranco em casa. muito de vez em quando eu vejo os amigos. não quero falar de mim. ando chorona. 

há dez dias uma amiga que sumiu da minha vida (e partiu meu coração com o afastamento) me mandou uma mensagem, dizendo que sentia muito, e que precisava consertar as coisas comigo. eu li a mensagem de madrugada e chorei. dormi, acordei e respondi. sempre é tempo de recomeçar, foi o que eu disse. eu sempre quero acreditar nisso. uns dias depois, o ex amigo psicopata de estimaçao também mandou mensagem. querendo ajuda com indicações de uma pessoa pra trabalhar com ele. eu estava a caminho da terapia, e cheguei lá e chorei. desta vez era raiva, ainda. eu não entendo como ele pode achar que é ok falar comigo como se nada tivesse acontecido. não é. eu não quero contato, eu ainda tenho medo se esbarro nele na rua. eu não sou amiga dele pra "dar uma ajudinha". eu não indico ele profissionalmente, porque nunca trabalhamos juntos, eu não teria como saber. eu não indico ele pessoalmente, porque veja bem, ele foi a pessoa que mais me assustou e amedrontou na vida. e eu não consigo conceber a ideia de indicar alguém pra estar perto dele. a amiga de dez anos atrás disse que eu havia sido o maior rompimento da vida dela. ela nem foi o meu. ele foi. eu nem gasto tempo pensando nessas pessoas, mas eu me senti meio atropelada por ser acessada pelos dois num espaço de tempo tão curto. num momento em que eu estou tentando conservar as minhas energias para sobreviver a dezembro. que eu estou fragilizada e triste.

Um comentário:

  1. é incrível que toda que eu leio o que escreves aqui, eu sinto a mesma coisa pelo simples fato de estar passando pelas mesmas situações...desde trabalho e amigos. E eu também to sobrevivendo a dezembro, acho que to sobrevivendo a esse ano que me atropelou e deixou quase sem força..porque toda vez que as coisas começavam a dar certo, elas simplesmente não davam. E eu me dediquei a pessoa erradas e tive tantas decepções.. eu não costumo comentar em blogs, mesmo nos que eu leio muito e sempre, tipo o seu... mas por me identificar eu queria dizer que ainda acredito que as coisas vão dar certo, por aqui e por aí também. :)

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