dezembro chegou e eu estou carregando o peso do mundo nas costas. faço terapia e sinto que os assuntos são sempre os mesmos. a minha ansiedade, o meu medo de que a vida não se acerte, o tempo todo que eu tenho livre e preciso preencher. os dias passam e o telefone não toca. dos quatro processos seletivos que estou participando, só um tem mais etapas (entrevistas) pela frente. os outros, espera. e dá-lhe paciência. eu respiro e tento acreditar que antes que eu perceba tudo estará terminado, e a vida terá se acertado. mas dezembro chegou e já desde novembro eu sinto as coisas desacelerarem. e eu preciso lidar com a ansiedade. terapia.
quando o coração aperta, eu corro/ando 5km. é a única coisa que eu controlo. gasto minha energia na esteira, sozinha, assistindo episódios antigos de will and grace ou ouvindo funk no ipod que também marca a distância e o tempo. sofro cada segundo. não sei como as pessoas conseguem, quem sabe um dia me torno uma delas. quando acaba, eu estou feliz. feliz por ter me comportado direitinho e feito a única coisa que eu posso fazer nesse momento de vida em suspenso. correr. ou tentar correr. ou morrer aos poucos, e traçar metas imaginárias, tipo só mais 300m, eu consigo. e depois que eu consigo, mais 300m.
tenho tido muito medo de surtar, da ansiedade me vencer. me concentro em controlar o que eu posso. o pouco que eu consigo.
to na mesma. inclusive com as mesmas metas na corrida. =**
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