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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

começou com a julinha me mandando um link de uma empresa aparentemente incrível.

em amsterdam.

disse que o headhunter caçou ela no linkedin e que parecia muito legal.

"não deve ser aquelas paradas de tráfico de órgãos, né?" disse. eu adoro as paranoias dela, e disse que não, mas resolvi checar. lembrei de um menino que trabalhava na firma colorida e que estava de mudança justo pra amsterdam. empoucos minutos, descobri que era a mesma empresa.

resolvi olhar o site e encontrei sete, SETE vagas com o meu perfil. perguntei pro namorado o que ele achava, e ele me incentivou a enviar. enviei. achei o headhunter no linkedin e mandei outro email, dizendo que queria ser entrevistada. ele respondeu pedindo o currículo.

isso foi ontem. hoje eu estava tomando banho e o telefone tocou. minha mão me liga todo santo dia esse horário, e eu estava cheia de shampoo na cabeça, e resolvi não sair pra atender. quando olhei o celular, tempos depois, era uma sequencia estranha de números.

ligação internacional. FAIL. ao mesmo tempo, um e-mail de outra headhunter me perguntando como eu me sentia em relação a relocation (brasil -> amsterdam = i feel just fine) e se eu tinha visto de trabalho para a holanda. não tenho e nem faço ideia de como conseguir, eu disse. mas quero.

assunto morreu e eu comecei a pesquisar a empresa. prédio incrível às margens de um canal, estacionamento de bicicletas <3 <3 <3 na frente. tem coisa mais amsterdam que isso? depoimentos de gente de todo lugar do mundo, absolutamente feliz por fazer parte daquilo, amando o trabalho, as pessoas e a vida. me empolguei e me vi morando em alguma casinha velha, decorada com ikea, talvez até um gato - porque gatos combinam com casas de tijolinho.

nem é tão bizarro, se a gente for pensar bem. namorado vai fazer mestrado em londres, e a distância já é um assunto que povoa a nossa rotina. se eu estivesse em amsterdam, estaríamos bem mais perto. finais de semana juntos. cada um deles.

quem sabe?

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