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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

agosto, sempre ele.

foi numa sexta a noite. o chefe da chefa me chamou na mesa dele e me deu um negócio pra fazer. um negócio que deveria ter dado pra ela, já que claramente é um trabalho de coordenação. fui pega de surpresa e não disse não. deveria? não sei. fiz o que achei certo. chamei a chefa pra conversar e disse que não sabia o que fazer. que até dava pra assumir a tarefa, mas que eu entendia se ela quisesse assumir. fui queridinha, tentei lidar com o maior tato com a situação. ela espanou.

disse que eu só ganhei o trabalho porque eu falava demais, e que provavelmente o chefo devia ter achado que eu estava de bobeira e quis me ocupar. daí ela pegou meus prazos e fodeu cada um deles, fazendo com que eu nao tivesse tempo de fazer o trabalho que ele pediu que eu fizesse. daí ela chamou ele na minha mesa e disse que eu tinha dito que não ia dar conta. me queimou.

o resto da semana foi um eterno looping entre ela sendo ríspida, ela me ignorando e ela sendo EXTREMAMENTE LEGAL com o resto da equipe, pra forçar a diferença.

eu vesti a capa da invisibilidade. calei minha boca, taquei os fones, cheguei cedo, saí tarde, pulei almoços, tive medo, marquei terapia, chorei assustada.

fiquei loura. porque, né? não estava lidando.

continuei o projeto que eu vinha tocando numa variação de extrema confiança de que estava ficando foda e alguma insegurança pela falta de feedback.

depois de 15 dias, o primeiro elogio. eu nem precisava mais dele. precisava que o ambiente acalmasse, já que sou esponja e absorvo tudo em volta. acho que o ambiente acalmou.

estou em looping com o cabelo, agora. tem horas que eu me acho horrível, tem horas que eu me acho GATA. vou esperar ver pra que lado o pêndulo vai, e então decidir o que fazer.

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