lulu santos fez a barba e agora parece dartagnan. com aquele tringulinho de pelos logo embaixo da boca, e um topete gigantesco. ele tem a coleção de camisas mais pavorosas que eu já vi na minha vida.
o que há de errado com camisas lisas, meodeos? as dele, quando são brancas, são bordadas, têm transparências (juro), tem florzinhas em alto relevo.
só precisava desabafar. era isso.
pela atenção, obrigada.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Acordei sobressaltada e temi, de verdade, que aquilo fosse uma crise de pânico. Fiquei com medo de ser fraca, de ser louca, de não dar conta da vida real. 2012 está sendo difícil. O mais difícil de todos. Eu ensaio dizer que o pior ano da vida depois que eu escolhi São Paulo, mas seria leviano. Seria errado e injusto com toda a vida que eu tenho fora das paredes de um escritório. Minha vida tem sido boa, o que mais eu poderia querer? Tenho uma casa sendo decorada, um namorado que me faz feliz, uma vida que eu sempre quis e que, quando chegou, era ainda melhor do que eu poderia imaginar. A vida real está aqui, era isso. E eu sou, de fato, feliz. Ocorre que em algum canto obscuro da minha mente eu me surpreendo questionando cada uma das minhas escolhas profissionais. Eu não sei o que eu queria, eu não sei o que eu esperava. Tudo o que eu tracei como meta, eu consegui. Eu quis sair da firma colorida, quis ir pra wonderland, quis sair de wonderland, quis ir pra firma nova. Tou aqui, não estou? Por que diabos então eu olho em volta e nada parece bom? Cada hora do dia custa, tudo é feio, é sem graça, é difícil? Eu me condiciono a passar pelos dias e traço planos infalíveis de não sofrer o processo, mas eu sofro. Cada segundo, cada revés, tudo incomoda, tudo pinica. Eu sinto falta das minhas pessoas, do meu trabalho, mas sobretudo daquela sensação de que tudo ia ficar bem, de que eu sabia o que eu estava fazendo e que era boa. Eu busco as mudanças, a vida fica um tédio quando eu caio na zona de conforto. Eu me despeço e sigo em frente sem olhar pra trás. Já no novo destino, tudo o que eu faço é olhar pra trás, é comparar as empresas, as pessoas, o trabalho. Eu tenho medo de mudanças, eu reajo miseravelmente mal a mudanças. Mas por que diabos então eu busco tanto essas mudanças? A zona de conforto não me interessa, mas essa imensa zona de desconforto também não me serve. Eu percebo a minha cabeça transformando coisas que poderiam ser boas em ruins, oportunidades em ameaças. E dá-lhe terapia, e acumulam-se as noites mal dormidas, acordando sobressaltada. Pensando que eu não dou conta de ir lá fora, de falar com as pessoas, de descobrir caminhos, de produzir. Faltam forças.
Achei que era crise de pânico, isso que eu nem sei como é, nem nunca tive. Mas que pesa nos ombros, desespera. Tive medo de não conseguir. Estou, ainda. Não sei como passar por isso. Estou tateando, elaborando, processando. Não tem conclusão nenhuma, ainda. Nem redenção.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Baby steps
é só cansaço, mesmo. não tem muito o que fazer. começar de novo demanda muita energia, e eu estava precisando de férias. então, eu ainda credito tudo na conta da adaptação. passo pelos dias esperando o final de semana, me convenço de que a cada dia que passa, a vida acerta um pouquinho, e que antes que eu me dê conta de verdade, eu vou estar adaptada, mais descansada, mais dona do chão que eu piso.
por enquanto, a cada coisa que eu aprendo ou entendo, surgem mais outras que eu ainda preciso entender. na minha primeira conversa com o chefe que parece o otto, ele me disse. o menino designer é um recurso seu, e eu tenho questões com o trabalho dele. eu estava ali há três dias, tempo suficiente pra ver o trabalho do menino e achar, de fato, muito ruim. estava tateando, creditando essa primeira impressão ao momento. nada estava do meu agrado até ali, e era uma questão de ganhar perspectiva, mesmo. mas aparentemente não.
eu nunca demiti ninguém na minha vida. nunca. e eu já fui demitida, o que me coloca num lugar delicado de SABER a merda que isso significa para a pessoa. na entrevista, otto me perguntou se eu já tinha demitido alguém, e eu disse a verdade. e quando ele me perguntou como seria fazer isso, hipoteticamente é claro, eu disse que tentaria ser o mais franca e transparente possível. e aí eu chego e ele me diz que é escolha minha demitir ou não o menino designer. fui pro linkedin do garoto, e a experiência dele antes daqui é numa empresa meio piada no meio.
então eu fiz o que era natural fazer. vamos fazer o menino pedalar, tentar fazer dar certo, antes de tomar uma atitude mais drástica. e é nesse momento em que estamos. peguei toda a desorganização dele e mandei fazer uma lista, e me dizer claramente o que tá feito, o que não tá, o que ele ta fazendo, etc. ele espera que EU organize a lista dele. eu não vou fazer isso. eu preciso que ele se organize, ele crie um ritmo, ele atenda o que é esperado de alguém nessa posição. e ele fica ali sentado, esperando os pedidos.
tenho ficado bem irritada. tenho dado tarefas especificas, e tenho notado que ele enrola bastante. aparentemente, o cara que estava aqui antes de mim não se incomodava e fazer as filas do menino, e ele se acostumou com essa coisa de não cuidar do proprio trabalho. eu já repeti algumas vezes pra ele que não vou assumir esse papel. ele fica sentado, olhando pro meu monitor. se eu estiver no facebook, ele entende que ele também pode. ele fica sentado sem fazer nada esperando que eu me movimente pra ir embora, para que ele possa fazer o mesmo. ele está tateando, também. eu não estou nem aí pro quanto ele usa redes sociais, ou pra hora que decide vir trabalhar ou ir embora. eu preciso que a fila dele ande.
minha mãe chama isso de falta de expediente.
carta branca pra demitir. eu fico pensando em greys anatomy, quando os médicos precisam avisar a familia que o paciente morreu. certificar-se de que toda a informação seja passada de forma clara. não demonstrar emoção. eu sei que as duas coisas são bem diferentes, eu sei. mas é nisso que eu to pensando. eu não ia conseguir virar gestora sem passar por isso. sem precisar demitir alguém.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
tem que aproveitar esses dias sem chefe pra atualizar o blog.
então, menina cara da ex roomate. tava stalkeando ontem no facebook e tinha uma foto dela com aquela bota de dedo pra fora. juro.
MANO.
daí hoje ela chegou melhorzinha, e eu pude ver as letras tatuadas no dedo. Começou a ficar apreensiva na hora do almoço e deu um grito, convocando quem quer que topasse pra almoçar no indiano na augusta.
topei. bora praticar amizade.
ela estava vestida com uma blusa de esqueleto da zara que é igual à minha. uma das minhas blusas favoritas, ali na minha frente, vestindo uma menina esquelética com um coque no alto da cabeça. eu disse que tinha uma blusa igual, e ela me mostrou um rasgo grande na altura da barriga. a sua também está assim? - perguntou, me mostrando outros rasgos. eu disse que tinha visto um furinho na manga recentemente, e que estava morrendo de pena de me desfazer da blusa. ela disse. eu gosto dos rasgos. eu gosto demais dessa blusa pra me desfazer dela por causa deles. eu acho que ela ganhou personalidade.
o almoço foi bem legal. ela é libriana, assim como eu. e também é fiel seguidora de susan miller. é meio maluquinha, e começou a me contar que foi casada com um cara até o início do ano, e que acaba de tomar um fora de outro cara. contou um monte da vida, e é uma figura interessante. falamos de terapia, do pé na bunda que ela tomou, do apartamento que está tentando comprar.
convenci a pobrezinha a fazer terapia. hoho.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
reconhecimento de território
AS PESSOAS. eu passei os três primeiros dias me sentindo cansada, esgotada, demandada. muita informação de trabalho, muito nome pra decorar, muito rosto pra assimilar. um monte de meninas diferentes de mim. são mais coloridas e cheias de personalidade do que as que eu esbarrei em wonderland. brincam com texturas, têm tatuagens. usam sneakers engraçadinhos, camisetas divertidas. nada daquele estilinho executiva que eu aprendi a ter horror.
ainda assim, não são as minhas pessoas. não sei bem como descrever essa tribo especificamente. elas são divertidas e engraçadas, tem uma acidez que eu gosto nas conversas. mas elas são, hum, diferentes. uma coisa meio periguete. papo de academia, sobre o horror de ter filhos e estragar os corpos. meodeos. como são magras. aparecem super montadas de manhã, e olha que eu faço parte das defensoras da maquiagem e do delineador. é mais que isso. elas montam os cabelos, esculpem topetes com laquê. são cheias de tatuagens, com seus sutiãs fluorescentes por debaixo das camisetas podrinhas. boas botas, boas camisetas. leggings. peças de roupa que eu até gosto separadamente, tudo junto e misturado, ali.
certamente, monotonia não fará parte do meu dia a dia. jamais verei um taillerzinho bem cortado e caro, com vincos errados, como eu cansei de ver na menina ruiva. e essa parte eu to achando é ótema.
as tatuagens. meodeos, as tatuagens. tem de tudo. tribal, cachorrinhos, profusões de estrelinhas e coraçõezinhos, fazendo caminhos nos ombros e pulsos. tem essa menina com tatuagens horríveis nos dedos. parecem tatuagens de presidiária. uma letra no dedo indicador, um coraçãozão vermelho no dedo médio, uma outra letra no dedo anelar. essa menina, especificamente, me lembra a minha roomate número 2, aquela que eu descobri que era puta e nunca pude contar a história no blog antigo porque VEJAM BEM, eu tinha o ex amigo virando um psicopata e me ameaçando com qualquer coisa que eu escrevesse.
abre parêntesis. minha segunda roomate saiu da minha casa comigo tendo sérias suspeitas de que ela era puta de luxo. nada contra, cada um sabe de si, mas essa é uma informação que eu considero relevante na hora de escolher alguém pra dividir o espaço e as despesas. fecha parêntesis.
ela parece fisicamente, parece no estilo, nas tatuagens de presidiária, na gengiva que pula da boca quando ela sorri, na voz sussurrante e meio grave. até as bolsas grandes com estampas de cinema são iguais. se essa fulana aparecer aqui com botas que tenham os dedos pra fora (aquela coisa pavorosa que esconde a canela e mostra os dedos pintados de esmalte) eu sinceramente acho que cabe pedir um exame de dna. porque é muita coincidência.
(o mais engraçado é que hoje ela chegou com uma cara de enterro. abraçou o chapeleiro maluco - a quem passarei a chamar de lulu santos, hoho, igual - e respirou fundo, com lágrimas nos olhos e voz embargada. ele levou ela pra sala de reunião, e eu achei que tinha morrido alguém MESMO. mas agora há pouco rolou uma piadinha que ela devia trocar a esteira por uma aula de boxe pra botar pra fora toda a raiva, pra imaginar a cara de alguém no lugar do saco e mandar ver na porrada. e eu fiquei pensando na tatuagem de letra com o coração no meio, como é que ela vai apagar aquela merda do dedo, mermão.)
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
carola faz nosejob.
a piada da semana é que carola tirou férias. no meio dos escombros do projeto antigo em wonderland, ela ainda existe, junto com duas estagiárias fofas.
carola tirou férias, se internou e foi fazer um NOSEJOB.
é isso, brasil. porque vilã que se preze tem que ter nariz de plástico. to falando isso porque apesar de defender cá comigo que ela parece muito mais velha do que de fato é, e que uns tratamentinhos ali até que fariam diferença. o nariz não configurava problema. era normal, proporcional. não era assim tipo o meu, veja bem, que eu sempre me gabo de ter sido tão incrivelmente esculpido (hoho), mas era um bom nariz. um nariz que servia aos seus propósitos de respirar e de harmonizar com o resto do rosto, com os cabelos de chapinha e petequinha de poodle no alto da cabeça.
comecei com serena e ana a fazer uma corrente de orações, pedindo a são michael jackson que proteja sua recuperação.
mas aí ela bota as duas estagiárias pra trabalhar NO MEIO DO FERIADO, e liga diretamente from hell do hospital pra saber se elas estão no escritório.
MANO. que são michael jackson que nada. eu quero é mais que os médicos tenham implantado UM SEGUNDO NARIZ, bem no meio das bochechas dela.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Adaptação
eu devo estar machucada. porque eu olho em volta e nada parece bom. fico pensando na confusão pra achar um estacionamento perto da empresa, na desorganização das coisas todas. saí de casa para o trabalho e bati o carro saindo da garagem do prédio. chovia, e eu me lembro de ter olhado para os dois lados. o carro surgiu do nada. meu carro arranhou um pouco, nem liguei. o outro carro amassou e estragou duas portas e o orçamento para o conserto ficou uma pequena fortuna. fiquei pensando que eu tive sorte, porque já estava com o cinto, e eu nunca coloco o cinto ainda dentro da garagem, e porque eu bati num palio, bem no dia seguinte da minha rescisão com wonderland. se fosse semana passada eu ia ter problemas. se fosse um jaguar, eu ia ter problemas. se eu estivesse sem cinto, eu ia ter problemas.
é muita informação pra ser absorvida, e eu estou naquele looping de início em firma nova. eu odeio primeiros dias com todas as minhas forças. você precisa ligar um modo de funcionamento meio proativo e sorridente, e animado. e decorar nomes, e tentar ser convidado para almoços com a equipe, e participar das conversas todas. ter expressões faciais pra cada informação que recebe. e fazer listas mentais do que precisa ser aprendido, do que precisa ser feito. eu tive que fazer isso tudo trocando mensagens com o dono do carro que eu estraguei, com a concessionária que ia fazer o conserto. com meus amigos chamando no msn pra perguntar como estava sendo. fui atropelada pelo dia.
eu estou TÃO cansada. talvez tenha sido a folga curta, talvez a falta de descanso mental, talvez ainda algum resquício de estresse de wonderland. talvez eu tenha perdido o ritmo, a eficiencia, talvez o último ano tenha sido mais pesado do que eu tenha imaginado, talvez wonderland tenha me deixado mole e pouco produtiva. eu fico pensando que a vida se acerta, e que eu estou reagindo às mudanças, um comportamento normal, esperado. pelo menos me deram um mac pra trabalhar, e isso é inédito e incrível. e me deram uma BOA cadeira. foco nas pequenas coisas.
as pessoas são diferentes, mas têm conversas engraçadas. umas coisas meio nonsense surgem o tempo todo, e o clima é bem descontraído. as meninas são magras, muito magras, a existe uma quantidade desproporcional de louras. os meninos são divertidos e falam de seriados durante o almoço. meu chefe parece o otto, cantor. as pessoas são gentis umas com as outras, e fica bem nítido que elas se gostam de verdade.
em outros tempos, eu acho que já estaria mais entrosada. tudo bem que é o terceiro dia, e que eu me convidei para os almoços até agora, e isso requer um certo nível de cara de pau, mas eu tenho me surpreendido com o meu silêncio. eu só observo. não estou muito preocupada em ser aceita, em ser querida. ando por demais traumatizada com a minha experiência em wonderland. ainda.
eu acho que o problema maior, de todas as coisas que wonderland tirou de mim, o mais grave de tudo foi eu ter perdido aquela sensação de que as coisas vão ficar bem.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Férias, só que não.
a rh ligou terça a noite, pra confirmar minha data de início. segunda-feira. tinha uma pequena chance de eu começar quarta, e nesse caso os malucos iam me enfiar num avião para porto alegre, sede da empresa. integração. imaginem eu chegando e indo viajar com coworkers desconhecidos? weird.
torci, torci, e deu certo. daí, terça à noite, desliguei o telefone e dei uns pulos pelo quarto, cantando alguma musiquinha inventada para comemorar as férias. sim, porque férias começam no momento em que você sabe a data da volta à realidade. sem data, o nome é outro. sabático, desemprego.
tou no meio dos pulinhos e o celular apita a chegada de um e-mail. o maluco, fugido de wonderand, assim como eu. vamos chamá-lo de cheshire cat. porque ele sorri demais, e porque, bem, ele sabe que em wonderland todos são loucos.
pois bem. e-mail de cheshire cat me convocando pra um evento na quinta-feira, mais precisamente HOJE, de onde escrevo essas malfadadas linhas, between palestras. essa é minha vida, esse é meu clube. dos três dias lindos e úteis que teria de férias, estamos contando, sobraram DOIS. quis dizer não, achei correto dizer sim. o convite era pro coelho branco, chefe, mas ele ta viajando, daí tentaram encaixar cheshire, que disse que ia zoar a agenda dele. com esses termos, porque eu vi ele jogando a batata quente na minha mão em tempo real, nas trocas de e-mail com a rh.
daí, wonderland me liga ontem, me pedindo pra voltar lá, porque eles preencheram a minha rescisão errada, desculpe o equivoco, mas corre o risco dos seus dinheiros atrasarem sem a sua assinatura. fui lá, e depois fiquei correndo atrás de cópias de documentos. chegando em casa, telefone toca.
alou garota, cheshire cat, tudo bem? eu demiti a pessoa cujo lugar você vai ocupar (oi?) e ele topou fazer um handover pra você. você pode vir aqui na sexta?
NÃO. desculpe, mas sexta-feira o meu namorado vai fazer uma pequena cirurgia e eu vou acompanhá-lo durante todo o dia no hospital. podemos fazer isso segunda?
(por cirurgia, entenda-se: retirada de UM dente do siso. por hospital, entenda-se: consultório da mãe do namorado, dentista.)
posso não, dude. sexta-feira é minha, segunda-feira é sua, combinado?
leve tensão pré segunda. oi, dude, eu sou a menina que roubou a tua vaga, seja legal.
aguardemos.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
a semana está livre, quer dizer. depois da entrevista na quinta-feira, que rendeu a proposta, a ideia era recomeçar essa semana. eu queria a folga, e conseguimos combinar o início na próxima semana. dá tempo de descansar um pouco, de tentar botar o sono em dia. depois que pedi demissão, eu comecei a dormir bem. descansar. a cor já voltou ao meu rosto e eu não sinto mais a garganta arder.
a menina ruiva me bloqueou no facebook, o que ainda me rendeu algumas piadinhas na semana passada. eu tinha pensado em bloquear ela. mas era certo que uma de nós faria isso, caso a outra não fizesse. namorado sugeriu que eu deixasse o grande ato de recalque pra ela. deixei.
a firma nova ainda não tem nome aqui. preciso pensar. depois que eu passei pelo ceo, ele disse que queria que eu conhecesse outro cara da equipe. e chegou um cara que eu conhecia de algum lugar. ele chegou na sala rindo, sentou na mesa e disse. eu achei mesmo que fosse você. quanto tempo você tem até se desligar oficialmente de wonderland? eu disse que já tinha me desligado, e ele sorriu e perguntou.
você já sabia que a gente ia te contratar, né?
:)
daí ele continuou falando. como você sobreviveu àquele lugar? eu saí de lá há três meses. aquele lugar é horrível.
ELE TAMBÉM SAIU DE WONDERLAND. hahahahaha.
estou animada pra começar.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
a semana
enquanto você está no ar, o chão não existe. o telefone ficou duas semanas sem tocar, e eu estava de coração apertado. o primeiro dia de desemprego teve exame demissional e eu caminhando por wonderland com nó na garganta. teve eu e serena comendo brigadeiros no meio da tarde, meio sem saber o que seria dos dias dali pra frente. cheguei em casa e tive uma crise de choro, dessas que só acalmam quando alguém te abraça apertado.
o segundo dia de demissão teve amigos ligando, oferecendo apoio e ajuda. um desses telefonemas rendeu um contato, que em questão de minutos se transformou em entrevista marcada para o dia seguinte. respira. depois do primeiro telefonema e da entrevista marcada, teve um segundo, que eu não atendi. em seguida, um email, da rh da firma nova, querendo marcar nova conversa, pra dali a dois dias. pra conhecer o ceo, bitch. respira.
o terceiro dia teve entrevista na empresa indicada pela amiga. teve serena e ana aqui em casa conversando pela vida, teve planos pro linkedin e contatos de trabalho.
o quarto dia foi hoje. teve entrevista com o ceo da firma que eu queria.
e teve proposta. (re)começo semana que vem.
QUATRO DIAS. :)
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