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sábado, 31 de agosto de 2013

hoje eu era uma pessoa com um plano

conversar com o chefo. perguntar de uma vez por todas o que diabos estava acontecendo, e se eu e a minha equipe estávamos sem emprego. passei o dia rondando. me despedi de cada um dos queridos que já tinham todas as informações que deviam (=/). cerquei a rh e disse tudo o que pensava sobre a atitude do ceo nesse momento de crise. a falta de responsabilidade com os empregos das pessoas, o quanto esse clima estava uma droga. 

depois cerquei o chefo. bati suavemente na porta aberta e perguntei com um sorriso. podemos conversar? ele disse que sim. eu entrei, fechei a porta e fiquei séria. disse. o tema da nossa conversa é: what the hell is going on?

me sentei e disse tudo o que eu sabia. dos cortes, das reuniões com planilhas, da lista de nomes. listei cada uma das coisas que a minha equipe tinha feito desde que eu entrei, comparei com tudo o que a equipe anterior (já sob comendo dele não fez, ou fez errado). disse que eu queria saber se a gente estava na lista, e que se a gente estivesse, que eu gostaria que ele considerasse cada uma das coisas que eu tinha dito antes de tomar uma decisão. 

ele foi sincero. disse que a situação está mesmo muito feia, que o nosso investimento foi cortado e até os gringos estavam ameaçados. mas que estava tentando segurar a gente, porque era estratégico, e ele gostaria de segurar todo mundo que fizesse diferença no futuro do projeto. mas que ele não sabia se conseguiria.

uma conversa franca. eu quase chorei. disse que acreditava no projeto, e que acreditava nele. e que eu precisava confiar que ele saberia tomar as decisões necessárias. mas que ele precisava confiar em mim, e me deixar ajudar nessa fase. que eu ia ficar muito puta de ver o projeto mais legal que eu trabalhei me escorregando pelos dedos. e que ele tinha essa responsabilidade comigo, assim como eu tinha essa responsabilidade com a equipe de meninas mais fofas desse mundo.

ele me prometeu que me contaria assim que soubesse. e eu resolvi dar um voto de confiança. não existe segurança alguma nesse momento. existe fé. de que as coisas vão se acertar. porque às vezes elas se acertam. eu continuo apostando.

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