Páginas

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

das histórias que eu não podia contar

uma das coisas chatas do outro blog era a imensa quantidade de coisas que eu não podia contar porque tinha gente conhecida demais lendo. deixei passar vários posts, várias histórias, vários xingamentos.

lá na antiga firma, eu ganhei uma coordenadora. uma coisa meio brigitte bardot. personalidadezinha difícil, mas momentos de fofura. eu gostava dela. ela sempre foi passional, mandona e intransigente, mas eu nunca tinha sofrido na pele os seus desmandos. conhecia a fama e só. e aí ela virou minha coordenadora, enquanto o resto da equipe era coordenado por outra viborazinha. não demorou muito tempo até que brigitte e eu discordássemos em alguma coisa relacionada a trabalho, e para que ela usasse a hierarquia pra me obrigar a fazer exatamente o que ela queria. eu não funciono muito bem com ordens, geração y, e coisa e tal. eu topo ser convencida no argumento. eu topo. eu respeito autoridade. mas eu não obedeço ordens. brigamos, brigamos, ela foi grossa e eu chorei em casa. era uma coisa meio altos e baixos. fora dali ela era fofa. ali, muitas vezes, ela era fofa. mas podia surtar e dar bronca e ordens e falar alto a qualquer momento. 

eu não funciono bem com medo, e comecei a ter medo dela. de ser demitida, mesmo, num desses meltdowns. (semana passada ela demitiu o menino que era meu designer, num desses surtos. o que, quase um ano depois, minha gente, total justifica o meu medo)

tirei férias, voltei, e comecei a fazer entrevistas. eu não tinha mais a liberdade de ser criativa com o meu trabalho, que era o que me brilhava os olhos ali. recebi uma proposta, conversamos, eu contei o problema que vinha sendo pra mim trabalhar naquelas condições. ela me pediu desculpas e me convenceu a ficar. recebi outra proposta, conversamos, nos abraçamos e eu saí numa boa.

com a saída da outra vibora, ela virou coordenadora do resto da equipe. e todo mundo que antes não entendia  a minha cara de quase morte em finais de expediente começou a sofrer na pele as mesmas questões que eu apontava. gritos, desmandos, grosserias. aos poucos, as pessoas foram saindo. eu continuei tendo carinho por ela, mas com plena consciencia de que eu saí antes que nossa relação ficasse insustentável. porque isso era questão de tempo, mesmo.

naquela época, ela saía com um cara que trabalhava na concorrência, e eu sabia que ele ficava com outra amiga minha. eu contei pra ela, pra alertar. porque é isso que eu faço com os meus amigos. eu tenho essa mania de dar informação, por acreditar que isso proteja. o caso não foi adiante, e talvez, sim, isso tenha alguma influencia minha.

ainda no ano passado, um designer da concorrência veio falar mal da firma colorida pra mim. meteu o pau num projeto, e eu meio que dei uma invertida nele. sempre conheci a figura de mercado, e ele sempre foi conhecido por ser arrogante e difícil de lidar. há algumas semanas eu soube que brigitte tinha contratado ele. comentei com uns amigos de lá que ele era difícil, e que eles estivessem preparados. fofa que sou, chamei a ex coordenadora pra alertar sobre a figura. ela já sabia da minha conversa com os outros amigos, e foi super agressiva, dando a entender que tudo o que eu tinha causado era um climão lá na firma antiga, com gente na equipe com medo, gente na equipe ressabiada. e ainda completou dizendo que já era ~a segunda vez~ que eu fazia isso, ora veja só.

eu devia ter deixado ela se apaixonar pelo babaca alcóolatra que fazia juras pra ela e pra uma outra amiga. super devia. well, águas passadas.

larguei pra lá. disse a ela que eu costumo proteger meus amigos, mas que ela ficasse tranquila porque eu nunca mais iria falar nada. pra ela, obviamente. meus amigos da equipe estão alertados. e isso me basta. no fim das contas, ela também está.

daí, a cereja do bolo. no mesmo dia dessa conversa infeliz, outra janelinha pisca no meu gtalk. e é justamente o maluco da concorrência, dias antes de entrar na firma, me perguntando se lá era legal, etc e tal. avisei que ele iria estar entre algumas das minhas pessoas favoritas, e que ele se comportasse. e o maluco me pergunta da coordenadora, porque ele também já foi alertado nas rodinhas variadas que frequenta da fama de insuportável dela. 

e aí ele me pergunta se deve tomar cuidado com ela. haha.

e eu disse que ela era tranquilíssima. tranquilíssima. hoho.

apostei com vinicius em quanto tempo eles brigam. ele chutou 4 meses. eu chutei 2. vai ser o maior I Told You da minha coleção. que, cá entre nós, cresce a cada dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário