você tem uns dias bons, e aí toma uma rasteira. e eu fico pensando de novo e de novo que eu preciso aprender com isso, contornar isso, lidar com as dificuldades. todas as vezes que o cerco apertou, como agora, eu fugi. procurei vagas legais em outros lugares, mandei curriculo, consegui. saí, daquele jeito meio metida a controlar a própria vida.
e aí eu penso que eu não aprendi a contornar as dificuldades lidando com elas. penso na tarot lady dizendo que situações repetidas servem pra nos ensinar. eu e meu velho problema com autoridade. não me sentir entendida, protegida, gerida. com preguiça de explicar o meu lado, largando pra lá, abandonando a luta na metade. o que me garante mais algum tempo de conforto, até que as coisas se enrolem de novo. até que eu tenha um gestor que eu não respeito, até que eu fique puta com alguma injustiça e acabe por pesar mal as palavras e perder a razão. é forma, o tempo todo. minha atenção a como as palavras serão combinadas pra dizer exatamente o que eu preciso que seja dito, sem me colocar em uma situação ruim. tão difícil.
tão difícil.
talvez, depois de ter virado essa pessoa que não abandona mais o barco quando as coisas ficam difíceis, eu tenha que reaprender como agir. como suportar a pressão em momentos de incerteza, em momentos de injustiça. em momentos que eu estou certa, mas estou do lado errado da força. a preguiça de discutir continua aqui, mas eu não quero abandonar o barco. eu quero consertar o barco.
um barco que eu nem sei se tem conserto. o barco mais errado que eu já estive em toda a minha vida.
que vida.
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