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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

22:09

depois de toda a crise de ontem, de todo o choro, da decisão pronta, um telefonema. uma segunda entrevista daquele processo seletivo, hoje pela manhã. desta vez eu iria conversar com o cara que seria meu chefe. desta vez eu realmente precisava ir bem.

acordei de madrugada com a chuva e não dormi mais. às 7h26 da manhã uma mensagem no celular. a menina ruiva, dizendo que tinha um treinamento durante o dia, mas que eu a esperasse, por ela estaria de volta a wonderland as 18h30, para tratar o meu caso. abuso. isso são horas de mandar mensagem? não respondi.

uma dor de cabeça me acompanhou até a paulista. durante quase 2h eu fui sabatinada. foi tenso, foi longo, mas ao final ele disse que tinha gostado de mim e que queria que o chefe dele me conhecesse, e que ele trataria de marcar uma ultima conversa o mais rápido possível. que, por ele, eles já me fariam uma proposta.

yes.

fui pra wonderland. vi que um post it com um recado carinhoso da ex estagiária que eu contratei, que ficava colado no meu monitor havia sido retirado. desapareceu. foi ela mesma, certeza. no início da tarde eu me guiei para a sala da consultora de rh. e disse tudo o que precisava ser dito.

reforcei mais uma vez a necessidade de tratamento na questão da menina ruiva. do quanto me foi sofrido ser gerida por ela. erro por erro, eu falei. eu pedi que ela fosse treinada, ela responde bem a treinamentos. parece um robô, mas essa parte eu não disse. disse que não havia respondido a mensagem dela, e que não sabia como conduzir a questão. o que eu tinha pra dizer, eu estava dizendo ali.

a rh lamentou a minha decisão, mas respeitou. wonderland vai me demitir, num programa especial para quem não aceitasse a realocação. vai ser bom, porque eu ainda não tenho mesmo uma resposta. nenhum outro trabalho em vista. chances de passar na outra empresa, e boas, mas nada certo. eu vou precisar de todos os meus benefícios, tudo o que eu tiver direito. ela me perguntou se eu já queria sair, eu disse que estava tranquila. e que topava fechar o mês.

a rh me perguntou se eu gostaria de conversar com a menina ruiva, seguindo o que ela havia dito no sms. eu disse que não, que eu não tinha mais nada para tratar com ela. então, ela me aconselhou a responder a mensagem. dizendo que eu já havia conversado com a rh, e que ela deveria procurá-la quando chegasse, pra saber da minha decisão. e foi  isso que eu fiz.

não existe salto sem vertigem. a diferença, aqui, é que eu vou demorar mais um pouco pra pousar meus pés no chão. mas eu já sei uma coisa. eles estão firmes.

eu estou leve. 

5 comentários:

  1. Vim aqui desejar muita boa sorte pra você!

    estou acompanhando a história de longe, tensa.

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  2. Esta é a minha garota.

    Força, gata. Vc bem sabe e vive dizendo que a vida se acerta. Vai se acertar.

    Beijo e boa sorte!

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  3. estaremos sempre aqui.


    Uma coisa que eu sempre tento fazer quando estou triste: tentar mandar um comando do cérebro para o coração pra parar ficar triste.

    Antes, eu achava certo ficar triste. Eu pensava: olha só tudo que está acontecendo. Eu mereço (não no sentido que era culpa minha e que eu precisava passar por aquilo, mas tipo num sentido de compensação) ficar triste. Eu mereço colo, carinho, um dia num quarto escuro até passar.

    Hoje, eu mudei o pensamento. Mesmo que eu tenha todos os motivos do mundo para ficar triste, eu tento simplesmente fazer com o cérebro pare que eu fique. Tento racionalizar que vai passar, e que são assim que as pessoas fortes surgem.

    Vou te mandar um email :)

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  4. pessoas fantásticas merecem coisas fantásticas.

    você deu o salto pra algo novo e incrível pra você.

    é muito bonito ver como você lida com isso tudo :)

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