foi na quinta-feira que eu me dei conta. eram 17h20, e eu adiantei a terapia, e esbarrei numa amiga no térreo do prédio. ela de férias, eu, hum, de férias? nos abraçamos, falamos amenidades, nos despedimos e eu caminhei de volta pra casa.
o dia estava ficando amarelo, e eu até acho bonito esse fim de tarde meio poluído de são paulo. em casa, meu pai ligou no facetime, e me mostrou o cachorrinho novo da família. e eu me dei conta de que quinta-feira 17h era hora do call com os gringos filhos da puta.
desde dezembro minhas quintas foram iguais. estivesse em são paulo, em porto alegre, em casa, onde fosse. 17h, ligar o computador, hangout com os gringos. hora de falar ingles e se aborrecer. fiquei feliz de não estar lá, e fiquei mais feliz ainda de saber que ~aquelas pessoas~ continuam lidando com ~aqueles assuntos~.
eu não. não mais. hangout bom de se fazer quinta-feira final de tarde é com o pai e com o cachorro da família.
não posso garantir que permaneça sã por todos os momentos, mas uma coisa é certa. eu não estava feliz naquele lugar e a distância daquelas pessoas e daqueles assuntos me faz bem.
um passo por vez, certo?
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