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sábado, 7 de setembro de 2013

quinta-feira foi dia de embate

chamei rainha de copas para uma conversa. a ideia era entender o que diabos estava acontecendo. ela topou rápido e fomos pra uma sala de reunião. ela esteve na defensiva o tempo todo, e eu dei uma boa recuada. ando bem assustada com o rumo que as coisas andam tomando.

eu falei que sabia do caso, ela disse que ela ia processar todo mundo que estivesse falando mentiras sobre a vida pessoal dela. disse que soube que eu fui no rh falar mal dela, e que a empresa estava toda numa situação complicada por causa disso e do e-mail bomba de segunda-feira. 

eu disse que não. que a minha questão com o rh era outra. que eu tinha tido uma conversa particular com o meu gestor, e que ela sabia dessa conversa. e que isso era errado, porque eu havia ficado exposta. ele nao podia levar a nossa conversa pra ela. ela se defendeu dizendo que ele tinha era ido dar bronca nela, porque ninguem sabia do aumento e tals, e que agora eles queriam descobrir quem me contou. eu repeti que me sentava em frente ao juridico, e sabia quando alteraçoes de contrato eram feitas. sigo com isso até o fim, repito quantas vezes forem necessárias. também disse que fui ao rh dizer que achava um absurdo ela ter me chamado de puta. e que quando eu chego no escritorio e tenho uma funcionária aos prantos por causa desse tipo de situação, eu recorro ao que tenho direito. uma conversa séria e profissional com o rh.

ela me pediu desculpas por ter me chamado de puta. eu desculpei, mas de mentirinha.

eu senti que ela estava me ameaçando com a história dos processos. eu sei o que eu falei, e eu não fui a única. eu não tenho provas, tenho indícios. acontece que a minha acusação se dá sobre algo que de fato é verdade. se ela seguir adiante querendo provar que eu menti, eles vão ter que ter cuidado extra. terminar, ou se afastar. eu acho difícil que ela mova um processo sobre algo que é verdade, dizendo que é mentira. senti isso tudo como um blefe.

no fim das contas, processo por injúria tenho eu, por ter sido chamada de puta. tenho toda uma empresa pra provar. eu disse pra ela que não tinha nada com a vida pessoal dela, mas que eu estava no meu direito que questionar como é que a minha conversa confidencial havia vazado pra ela. ela desconversou, é tão boa quanto o chefo nisso. ele ainda está viajando, e eu acho que semana que vem vai ser bem horrível. ela me disse que havia pedido demissão (não acreditei), e que não gostava mais de vir pra cá, que ela era uma pessoa ética (aham), e que jamais havia feito qualquer coisa para prejudicar qualquer pessoa aqui (aham aham). eu disse que sabia que ela havia pedido a nossa mudança de lugar e ela negou. disse que sente muita falta da gente ali do lado dela (o_O) e que era contra a mudança desde o início. reforçou que jamais se envolveria com ele, e que isso tudo era muito grave. que havia conversado com o chefão e ele acreditava nela (nessa parte eu acreditei, é impressionante como eles agem entre eles, a panelinha) e que ele estava numa situação complicada tendo que prestar esclarecimentos à direçao geral da empresa. e que ela so tinha sido prejudicada pessoalmente, mas os dois, chefo e chefão, estavam em maus lençóis profissionalmente por causa dessa ~grande mentira~.

sabe quando a pessoa suga até a última gota da sua energia? é isso que acontece quando eu falo com ela. você desiste de argumentar, e passa a tomar cuidado para não dizer nada que ela discorde, porque senão a briga se estenderá por mais e mais horas. eu disse que acreditava nela (minha vez de mentir), e que achava que a gente precisava se entender e trabalhar direito, juntas. eu disse que achava ela competente (e eu estava falando a verdade, nessa parte), e que eu estava esgotada dessas brigas. pedi que a gente tentasse conversar quando qualquer coisa estivesse mal explicada, e tentei selar a paz.

saí da sala com ela e fui falar com o chefão. que tudo estava bem, que nós tinhamos nos entendido, e que eu via o rh como um canal para quando tivesse problemas na empresa. e que eu tinha dois, nesse momento. uma conversa particular com o meu gestor ter sido vazada pra ela, e o fato de ela ter chamado a mim e à gauchinha querida de putas que não trabalham. ele estava super na defensiva, e disse que estava esperando o chefo chegar de viagem pra conversar com ele sobre isso tudo. eu disse da minha preocupação com os rumos atuais e as demissões todas, e ele disse que a minha vaga não seria cortada, porque era estratégica.

eu posso ficar tranquila? - perguntei.

a sua permanência na sua vaga depende do seu trabalho e do seu alinhamento com o seu gestor, ele respondeu, seco.

voltamos ao início, onde:

1) eu sei que ela passou tempos e tempos falando mal do meu trabalho para eles (ontem ela me garantiu que jamais falou do meu trabalho, que ela não pode avaliar, e que ela me respeita muito e bla bla bla). 

2) se existe algo que não existe nesse momento é isso:
~alinhamento com o meu gestor~

ou seja. já sei que o caso da minha vaga não será corte, mas substituição. saio eu, entra qualquer outro que mantenha olhos, ouvidos e boca bem fechados. skills que não tenho, e nem nunca fiz questão de ter.

o gerente de projetos pediu demissão, e eu fico fazendo as contas pra tentar saber o quanto isso é bom ou ruim pra mim. pro projeto é uma droga, eu acho que ele deu uma boa ordem nas coisas, e tornou a minha vida mais fácil. ele saindo, é menos um pra segurar o rojão. o lançamento do projeto foi adiado em uma semana. eu não sei o quanto de fato essa história vai respingar no chefo. eu não queria estar fazendo essas contas pra saber se terei ou não emprego nos próximos meses.

eu honestamente penso que estou muito muito muito perto da demissão. 

meu menino diz que é o melhor cenário possível, porque este lugar está me fazendo mal, e eu preciso descansar. estou há mais de dois anos sem férias. eu não gosto da ideia de ficar sem trabalhar, ainda que por pouco tempo. sempre dispara insegurança, e eu fico meio deprimida. não é algo que eu esteja buscando. acho que nunca antes, desde que eu cheguei em sp, eu tive tantas crises de ansiedade. coração disparado, medo mesmo. a única certeza que eu tenho é que não vou pedir demissão. quando eu for demitida, eu também penso em processar a empresa. motivo pra isso é o que não me falta.

:(

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