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terça-feira, 10 de junho de 2014

sobre a pessoa perdida, e depois achada. mais ou menos.

eu queria achar a receita do supremo de banana do couve-flor, restaurante querido dentro da puc-rio. digitei no google o que se digita sempre. os resultados eram muito vagos, fiz o que qualquer um faz, botei aspas, estreitei os resultados. estreitei tanto que cheguei num post de um blog. o meu antigo blog.

(pausa dramática pra um mimimi básico de saudades de um tempo que não volta mais. jamais me recuperarei por deixar aquele endereço querido pra trás. jamais.)

era um post falando da renata, a amiga que opted out. foi escrito em algum lugar de 2012, se não me engano. renata era a minha constante. lidei muito mal com o nosso afastamento, mesmo que tenha parecido a pessoa mais adulta do mundo por não ir lá fazer um escândalo de por que você deixou de ser minha amigaaaaaaaaaaaa.

:(

senti saudades, senti pena do destino que a gente teve, senti raiva por ela ter sumido, assim.

algumas vezes nesse ultimos anos eu tive um pouco de medo de esbarrar nela na rua. porque a gente continua morando perto e circula pelos mesmos lugares. (o que aumentava a minha mágoa pelo afastamento. amizade interrompida, todo um trauma nessa minha vida.) 

estava no lollapaloosa, em abril, e dei de cara com ela. ela sorriu e me chamou pelo apelido mais antigo que eu me lembro de ter. felt like home. nos abraçamos, eu estranhei o cabelo vermelho cereja dela, mas fiquei feliz de ver que ela ainda era ela, mesmo com esse abismo que se abriu entre a gente. apresentei meu menino pra ela. falamos do show do placebo, dali alguns dias.

vamos? - ela perguntou. 

claro que vamos, eu disse, meio sem acreditar que de fato estávamos combinando alguma coisa.

estávamos. :)

dias depois, fomos juntas ao show do placebo. ela e o marido, eu e o namorado. foi diferente. um diferente meio triste, mas ao mesmo tempo feliz. algumas amizades acabam, outras mudam de lugar. talvez seja isso que tenha acontecido com a gente.

por ora, basta. quem sabe a gente não se acha de novo, um dia?

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