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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Domingo

Eu leio os textos de Adelle e lembro da gente, de madrugada. Ela me contava os causos da vida e me enchia de lagrimas os olhos. História bonita, cheia de amor e de perdas. Minha vida se desenhou de um jeito bom e eu agora estou aqui. Nos encontramos ontem na rua. Eu e meu menino, ela e o menino dela. Era uma tarde daquelas amareladas que a gente sabe que vai guardar na memória. Nos despedimos com a promessa de um almoço. Ela já volta ao trabalho amanha. Depois de dois meses de cama. Joelho partido. Eu fico ensaiando a forma correta de me comportar, sabendo que vou fazer tudo errado. Sabendo que perdi a fé. Como um fantoche, movimentos ensaiados. Nem meus textos parecem de verdade. A garganta arde, e eu penso na minha mãe dizendo que isso é vontade de ter dito algo. Até é. Suspiro, fim de domingo. Às vezes eu sinto que estou desaparecendo.

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