Páginas

sexta-feira, 26 de julho de 2013

a analista tirou uma semana de folga e eu estou aqui, morrendo. repensando e reavaliando cada uma das minhas decisões profissionais. sempre que as coisas desandam, isso acontece. eu estava feliz há pouco tempo, me lembro disso. do olho brilhando, dos perrengues todos, mas achando que eu estava fazendo algo de fato relevante.

eu nem consigo olhar na cara do chefo. ele também mal olha na minha, a gente se estranhou de vez. faltei trabalho porque não dormi direito, porque tem sido assim há semanas. eu sonho que estou fazendo algo e vou tomar esporro, ou que eu estou sendo perseguida. sempre trabalho. hoje, eu não consegui levantar da cama. estou aqui, pensando se não foi um grande erro lá em 2011 quando eu resolvi abandonar uma vida tranquila na firma colorida e ir ver outras coisas. eu só me ferro, desde então. tá bom que eu aprendi, e que cresci bla bla bla whiskas sachê. estou exausta. quero férias, e eu nunca tiro férias porque estou sempre trocando de trabalho. e gastando energia em conhecer as pessoas, aprender os processos, me estabilizar num novo ambiente. pra que? pra tudo dar errado 8 meses depois, e seu chefe começar a comer outra gerente, e dar pra ela atribuições que são suas, e deixar ela tornar sua vida um inferno. e aí dar aumento pra ela. 

eu ando tão enojada com os últimos acontecimentos da firma que fico pensando o que diabos eu estou fazendo ali. porque tudo está tão TÃO diferente de quando eu entrei, que eu nem reconheço mais nada. perdi amor pelos projetos. começo a questionar as minhas reais habilidades. um ano é o tranco que eu aguento, depois saio correndo e sem olhar para trás. essa minha facilidade em desistir das coisas, em não ficar pra ver os problemas sendo resolvidos. será que eles são? nunca fiquei pra ver. eu podia baixar o tom, e tirar atenção do que vai dentro da minha cabeça de vez em quando. ligar o automático, sei lá. será que é isso que eu preciso ter pra conseguir ficar mais tempo no mesmo lugar sem precisar sair correndo? vai que é uma fase. eu nunca descobri, eu nunca fiquei pra ver se de fato era. então nunca foi, né? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário